Em diversos momentos ao longo da história da humanidade, houve um interesse muito grande seja da religião, da economia, da sociedade em controlar as atividades sexuais dos humanos.
Apesar de muitos avanços, ainda estamos muito longe de poder vivenciar nossa sexualidade de forma livre, sem julgamento, sem culpa, seja por imposição do nosso meio ou pela nossa própria consciência.
Criou-se um conceito de sexo “normal”, que podem ter variações entre as culturas e, também evoluir através dos tempos, e aí se encaixotou e limitou as atividades sexuais “certas e aceitáveis”. Mas desde que o mundo é mundo sempre houve os transgressores, os rebeldes, os loucos, os críticos, os revolucionários, que para o bem geral da humanidade desafiam as regras e o status quo!
Hoje vamos conhecer o que é Fetiche, o BDSM e o Kinky, que para simplificar tudo, são modos de viver a sexualidade fora da caixa!
O que é o Fetiche?
O termo fetiche na conceituação correta seria o interesse sexual em objetos inanimados e ou partes específicas do corpo. Por exemplo quando os elementos principais da excitação sexual são os pés, cabelos, pele tatuada, sapato, calcinha, meias, etc... Geralmente para o fetichista, o elemento focal tem que se fazer presente na cena erótica. O fetichista tem um prazer mais individual, uma vez que mesmo o elemento não estando presente, ele vai fantasiar, imaginar e sentir o prazer em sua fantasia.
Mas, popularmente o termo Fetiche é utilizado para descrever todo o universo que chamamos de parafilias, ou seja, todo interesse sexual maior ou igual aos interesses sexuais normofílicos. Os interesses sexuais normofilicos são aqueles voltados para a estimulação genital ou para carícias preliminares com pessoas que consentem.
Ser fetichista é ruim? Depende... desde que o seu fetiche não gere prejuízos para si próprio ou para outro, que seja feliz... mas passa a ser um transtorno caso a pessoa tenha um sofrimento pessoal, como por exemplo não conseguir estabelecer uma relação social ou uma relação afetiva por conta de seu fetiche.
BDSM
O tão famoso BDSM. Mas o que é BDSM?
O BDSM surgiu a partir da cultura leather na década de 80, onde alguns praticantes do Sado Masoquismo, perceberam que com a popularização das práticas, vieram os abusos e riscos das práticas sem controles. Sendo assim o BDSM, que é o acrônimo para Bondage e Disciplina, Dominaçäo e Submissäo, Sadismo e Masoquismo, foi criado justamente para combater os abusos através de regras e condutas que legitimam o modo de vida BDSM. O BDSM apesar de erótico, está muito além do sexo, muitos praticantes o levam como um modo de vida, extrapolando em muito a esfera sexual. Pode fazer parte do comportamento e de quem eles realmente são. Portanto quando se diz que o BDSM é abusivo, tenham em mente que a base do BDSM é o SSC, são, seguro e consensual. Mas o BDSM está muito além de bater e apanhar, o que diferencia o BDSM é o respeito a hierarquia, o prazer está justamente na dominação/submissão, e não no sexo, que aliás não é o foco das práticas.
Você nunca vai encontrar um praticamente sério de BDSM no tinder, portanto abra os olhos! Se você não está feliz, sente que tem algo errado, se está se sentindo insegura, saia fora! Relacionamento abusivo não tem nada a ver com BDSM!!!
E o que o Kinky?
O Kinky é o universo de todos que vivenciam a sexualidade fora da caixa, todos são Kinkers, mas nem todo kinker é fetichista ou BDSMer.
Mesmo as pessoas do sexo “baunilha” podem ter uma pontinha Kinky! Um exemplo é o enorme sucesso do filme 50 tons de cinza, onde milhões de mulheres de repente descobriram novas formas de sentir prazer, quantas não se excitaram com as cenas no quarto vermelho? Quantas passaram a se abrir e a experimentar novas sensações? Isso fez delas uma BDSMer ou uma fetichista, claro que não!
Diferente do fetiche e do BDSM, o Kinky é a pimentinha que vai por cima do prato, e não o prato em si.
Muito diferente do fetiche, que tem um foco específico, o Kinky tem muito mais a ver com pessoas, por exemplo, que buscam novidades, novos prazeres e curtem essa viagem de descoberta.
E o que é preciso para ser Kinky? Muito diálogo, mente aberta, aceitação, porque o meu Kinky não é o seu Kinky... e tudo bem, sem julgamentos, sem culpa. O sexo tem inúmeras formas e faces, e desde que seja haja consensualidade, ninguém pode dizer que alguém está errado!
Por Erika Thinen
Sexóloga, Consultoria sexual
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